Foi mais um domingo. Um daqueles em que ela não fez nada. Deixou que a preguiça a conquistasse e só tinha apenas uma vontade: estar com ele. Ela estava, constantemente, a pensar no mesmo. A sua princesa estava entrar num colapso de pensamentos e ele nem sabia. Desde de sexta à noite que ela se sentia vulnerável. Nessa mesma noite, ele conseguiu contrariar todas as expectativas dela.
Ela mais uma vez tentou, e novamente comprovou que mexe com ele de uma forma que mais ninguém consegue. Conseguiu que ele chorasse e logo a seguir, roubou-lhe um sorriso. Afinal, não é qualquer rapariga que abala assim os sentimentos de um rapaz.
Contudo, ela tinha uma vontade incontrolável de dizer algo. Agora que tinha largado tudo para ficar com ele, pensou que estava na altura de o confessar. Mas mais uma vez, teve medo. Hesitou. E ele notou que, depois de tudo dito, ainda faltava algo que a deixava inquieta.
Na despedida, a coragem subiu à tona. Ela aproximou-se do seu ouvido. "Sabes que te amo?". Nem sequer esperou uma resposta, saiu do carro, apenas olhando de canto ao ouvir um "Eu sei". Ela não tinha esperança de ouvir mais do que isso. Pegou nas chaves de casa para abrir o seu portão. E ele continuava ali. Ela estava a perder as forças nas pernas, queria cair ali e chorar, visto que confessou o que sentia e é algo que ela detesta fazer. Mas, para seu espanto, ele abriu o vidro do carro e ela aproximou-se para um último beijo. "Eu sei que me amas. E eu também te amo.". Beijou-o novamente. Acima de tudo, ele superou tudo que ela podia esperar.