Nunca quis ser tão dura contigo, cortar todas as bases de uma só vez, mas preciso de reflectir sobre aquilo que tu és, algo que também devias fazer. Porque eu começo a pensar que não te conheço realmente. Citas a vida dos outros comigo, mas não voltas a recitar o mesmo com eles. E isso assusta-me, tenho medo dessa tua forma de ser com aqueles que te rodeiam, pois, talvez sejas igual comigo. Não quero ser a base de vida de ninguém, não estou assim tão segura de mim mesma para poder distribuir forças com todos que merecem. Não tenho coragem suficiente para dizer isto, acho que as minhas lágrimas me tentam impedir, mas depois de tantas histórias escritas entre nós, tenho medo do papel que a tua personagem tem na minha vida; porque tu tens todos os trunfos para algum dia me destruíres, mesmo tendo a esperança que não serás capaz disso. Mas tenho medo de ti, tenho medo da pessoa em que te estás a tornar, ou que, talvez sempre foste.