(im)pulso
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An impulse is stronger than reason.




posted : 11 de fevereiro de 2011
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i m a g i n e .
11 de fevereiro de 2011 / 01:25
Por uns momentos fechei os olhos, escutava o vento acariciar as janelas e as folhas de árvore. Até que de repente deixei-me adormecer, deixei a minha alma fugir por meros instantes e entrei num lugar com um silêncio ensurdecedor. Tinha entrado noutro mundo, não sei bem onde me encontrava, sabia simplesmente que aquilo fazia parte da minha cabeça e nesse preciso momento, ouvi vozes, várias vozes, segredavam e eu não entendia o que seria. Procurei de onde elas viriam, mas encontrava-me num lugar vazio, no qual só se vi paredes de cores. Tantas cores que me ofuscavam, mas que também me transmitiam ideias e a sua própria alegria. Deitei-me naquele chão, olhava ao meu redor e sentia-me bem. E entretanto, vi as minhas ideias a fluir, vi-as dançar em torno do meu corpo e apeteceu-me abraça-las, mas elas brincavam comigo, faziam-me rodopiar entre elas, até que me cansei e voltei-me a deitar. Não me lembrei de qualquer mal, não senti a saudade avassaladora que vive comigo, simplesmente, o meu mundo parou naquele "quarto de cores". Mas enquanto tentava procurar respostas para a minha alma se encontrar naquele lugar, fechei os olhos. Adormeci por um tempo. Até que acordei com um som extremamente irritante, olhei para o lado e reparei que era o despertador do meu telemóvel que tocava e me afugentava o sono. Eram sete horas da manhã, tinha que me levantar, era mais um dia de aulas. Mas não me apetecia, estava amarrada a uma das minhas almofadas e pensava no que teria sido aquilo na noite passada. Sim, sabia que teria sido um sonho, mas foi um sonho estranho, diferente de todos os outros, que me fez acordar com uma vontade enorme de sorrir sem qualquer motivo, de saltar sem ter uma corda, de correr sem ter um chão. E se um dia, toda este mundo decidisse soltar a sua imaginação num sonho tal como eu fiz, será que deixavam de acordar com um ar tão pessimista sobre a vida? Será que isso mudava a maneira como estas pessoas destroem a sua felicidade? Será que todos iriam perceber como transformam a vida numa casa de horrores? Talvez sim, talvez não ou talvez haja dúvidas que não merecem qualquer tipo de resposta.